domingo, 16 de fevereiro de 2014

SEM SAÍDA



COLOCOU A ARMA SOBRE a mesa, contou as balas varias vezes. Por que aquela fixação em querer saber se não perdeu nenhuma delas? Desistiu, afinal de contas iria apenas precisar de uma.

Não aquentava a pressão que faziam sobre ele. Pensava não ter como reagir então decidiu colocar na mão do destino. 

“Seu idiota, você pode morrer!” 

Afirmava sua consciência, mas não era de dar ouvidos.

Abriu o tambor e depositou a única e solitária mensageira da morte ou não. Girou o tambor e o abriu novamente  afinal de contas ela podia ter sumido. Não, estava lá, esperando sua chance de executar seu trabalho.   

Inspirou fundo e soltou o fôlego. Com o cano da pistola em sua tempera esquerda deixando uma marca arredondada, o dedo no gatilho indeciso e arrependido do que estava prestes a fazer e a consciência pesada.


Apertou o gatilho, terminando ali e ponto final... 

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