Tudo fora
feito, jogou o jogo da vida e por falta de atenção, por inocência, tinha perdido.
Subiu pelas escadas contando os degraus e lá pelo centésimo primeiro, já
respirava pela boca.
Encontrou um
livro apoiado no centésimo vigésimo degrau. Sua capa era verde e trazia escrito
na lombada: “Vladimir Nabokov - Lolita”. Há quanto tempo tinha lido sobre
Dolores já não lembrava mais de H. H.
Chegando ao
terraço sentou em um das varias muretas, folheou o livro e o deixou de lado. Cobrindo
o rosto com as mãos, respirou fundo, iria se matar pulando do prédio mais alto
da cidade.
Quando tirou as
mãos do rosto, vil um homem no beiral do edifício, sem camisa, braços
estendidos. No mesmo instante que o vil, desapareceu de seus olhos. Acabara de
ver um suicídio, um exemplo do que pretendia fazer.
E lá em baixo o corpo estendido já formava uma poça de sangue. Decidiu pensar e descobrir
um jeito para resolver seus problemas. Não ia mais se matar!
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