quarta-feira, 4 de setembro de 2013

FORAM TRÊS

PRIMEIRO, FORAM OS ÍNDIOS. Depois os portugueses vieram em forma de treze caravelas. Foi preciso uma porção de tempo para que as coisas acontecessem, mas o primeiro passo foi dado. Dois mundos se encontram e a mistura é inevitável.

Depois, sobre a força do chicote, veio um povo forte. Suas crenças, seus jeitos e costumes reprimidos, mas não mortos. Separados por um oceano de distancia, dois continentes irmãos divididos há muito tempo. De uma forma não tão boa foi feita a união. Um terceiro mundo foi encaixado nesse quebra cabeça de muitas peças, três peças que se unem formando o principal.   

Índio era gente, apesar de inocente e não sendo cristão. Negro era outra coisa nessa época de escravidão. Mesmo sendo gente, índio muitas vezes era problema sendo morto pelo branco ou por suas doenças.

Apesar dos preconceitos forjados pelo homem, a força da carne falou mais alto e, uma geração mestiça nasceu dessa união. As misturas foram feitas de tantas formas, no falar, no pensar, no saber. Anos e anos se passaram de um povo sendo oprimido na escravidão. Outro povo sendo encolhido e mais outro se multiplicando e a união entre os três, cada vez mais forte.

A religião católica, absorvendo a africana e vise versa. Santos, adquirem outras formas, orixás são disfarçados sobre a pele cristã. Incrivelmente não perdendo seu significado, mas ganhando, o encaixe foi perfeito.

A ideia de que o povo africano deveria ser solto e, de que a escravidão não deveria ser algo bom, claro, movida por tantos interesses. Essa ideia se espalhou, foi acolhida pelos poucos e com o tempo virou realidade. A forma criou consistência, mais um passo foi dado em direção ao povo brasileiro. Mas não termina por aí!

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