UM ENORME VOLUME REPOUSAVA sobre uma mesa e um homem curvado sobre ele, folheando suas páginas
amareladas e empoeiradas. A cada folha passada, pequenos glóbulos de poeira se
levantavam formando espirais. O que podia se esperar era que fosse um homem
velho e carcomido pelo tempo, de idade igual a do livro, mas não. Era
relativamente jovem, de feições tranquilas, uma barba serrada com nenhum fio branco,
sobressaltava de seu rosto. Lia avidamente e com uma rapidez inacreditável, que
de minuto a minuto uma página nova era posta diante de seus olhos.
Procurava segredos a
muito tempo perdidos, talvez escondidos naquele livro ou em qualquer outro que avia
conseguido por meio de trapaças. Suas feições se transformaram de um momento
para o outro, irritado por não ter descoberto nada, joga o livro longe.
- Nada... Nada... Não
encontro nada! – Batel com as duas mãos na mesa que estremeceu. – De que me adianta
ter todos os livros e não poder usa-los.
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